Blog
Inteligência Artificial

O que aprendemos ao participar do IA Global Challenge UN Tourism

Publicado em:
17.12.2025
Novo!

Participar do IA Global Challenge UN Tourism foi muito mais do que competir em um desafio internacional de inovação. Foi um processo intenso de aprendizado, troca e validação sobre como a inteligência artificial pode — e deve — ser aplicada à gestão pública do turismo de forma ética, responsável e com impacto real.

Ao longo da jornada, a Smart Tour teve a oportunidade de dialogar com especialistas globais, governos, universidades e organizações internacionais, colocando à prova não apenas uma tecnologia, mas um modelo de pensamento sobre o futuro da IA no turismo.

Bastidores de uma inovação global

Desde as primeiras etapas do desafio, ficou evidente que o nível de maturidade tecnológica exigido ia além de modelos tradicionais de automação ou análise de dados. A UN Tourism buscava soluções capazes de unir impacto prático, escalabilidade, transparência e inclusão, exigindo que cada proposta fosse clara, auditável e aplicável a diferentes realidades territoriais.

Nesse contexto, apresentar o Consensus Framework foi também um exercício de tradução: transformar um conceito avançado de inteligência artificial colaborativa em algo compreensível para gestores públicos, avaliadores técnicos e decisores estratégicos. O desafio não estava apenas em explicar o que a tecnologia faz, mas como ela protege decisões públicas e reduz riscos associados ao uso de IA.

Os principais desafios enfrentados

Um dos grandes aprendizados foi perceber que inovação real exige abrir mão de soluções simplificadas. Trabalhar com IA verificável e multiagente significa lidar com mais camadas de análise, debate interno entre modelos e governança algorítmica — um caminho mais complexo, porém muito mais seguro.

Outro desafio foi demonstrar que tecnologia avançada não precisa ser excludente. Grande parte das discussões girou em torno de como levar IA também para destinos pequenos, regiões em desenvolvimento e administrações públicas com estruturas limitadas. Essa preocupação reforçou uma convicção já presente na Smart Tour: inovação só faz sentido quando é acessível e adaptável ao território.

Aprendizados estratégicos para o turismo público

A participação no desafio deixou aprendizados claros:

  • Transparência deixou de ser diferencial e passou a ser requisito. Sistemas de IA precisam explicar decisões, não apenas entregá-las.

  • Interdisciplinaridade é essencial. Turismo, tecnologia, políticas públicas e impacto social não podem ser tratados separadamente.

  • IA não substitui gestores, fortalece decisões. Quanto mais complexa a decisão, maior o valor da inteligência colaborativa.

  • Governança algorítmica será central nos próximos anos, especialmente em setores que impactam diretamente a vida das pessoas.

O que levamos para o futuro

O IA Global Challenge reforçou algo fundamental: o turismo será um dos principais campos de experimentação da inteligência artificial ética e responsável. Por lidar com pessoas, territórios, ambiente e economia, o setor exige soluções que combinem precisão técnica e sensibilidade social.

Para a Smart Tour, participar do desafio consolidou a certeza de que estamos no caminho certo ao investir em IA colaborativa, auditável e orientada ao bem público. Mais do que uma competição, foi uma validação global de que o futuro da gestão pública do turismo passa por decisões baseadas em dados, consenso e confiança.

A jornada no IA Global Challenge terminou, mas os aprendizados seguem moldando cada nova etapa do nosso trabalho. O futuro do turismo inteligente está sendo construído agora — com responsabilidade, colaboração e propósito.